Uma formulação que soluciona um grave problema dos combustíveis atualmente usados em foguetes e mísseis é o resultado de novo depósito de pedido de patente realizado no mês de março. A dificuldade driblada pelo cientista Robson Fernandes de Farias, autor da invenção, é a desvantajosa relação entre combustível e oxidante nos propelentes sólidos, como tecnicamente é chamada a “gasolina” desses artefatos voadores.
O professor do Instituto de Química (IQ) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) explica que, em um foguete ou míssil, o propelente é usualmente sólido e resultante da mistura de um combustível, um oxidante e um aglutinante em proporções variáveis, com os dois últimos atuando para facilitar a processabilidade do propelente. O desafio, nesse caso, é sempre ter a maior massa de combustível possível para, assim, aumentar a quantidade de energia promovida na queima. Foi o que fez o pesquisador.
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“A composição inovadora que desenvolvemos é formada por um combustível que tem, por si, um certo percentual de oxigênio que atua como oxidante. Essa situação ocasiona a diminuição da quantidade de oxidante a ser adicionada ao propelente, o que, por outro lado, aumenta a quantidade de energia promovida na queima do propelente, bem como seu tempo de queima. Todas essas vantagens proporcionam um aumento do alcance útil de um foguete ou míssil que empregue esse combustível”, destaca o Robson.