Hoje, antes de um parto, uma obstetra me explicou: “nascer empelicado em uma cesárea é mais provável em gemelares, pois geralmente a bolsa rompe na hora do corte, o que acontece no primeiro bebê a sair. O outro, que vem depois, pode estar ainda dentro da bolsa intacta, e aí acontece o parto empelicado – como foi o caso desta bebê”, explica Dra Paula Angélica, ginecologista e obstetra.
Bela foi justamente a segunda a nascer, depois do irmão Matheo, em uma cesareana no dia 1° de setembro deste ano, na Unimed Natal. Dra Lilian D’Assunção, quando viu a bebê ainda na bolsa, tornou o movimento ainda mais suave e cuidadoso, proporcionando a perfeita oportunidade para eu, que ali fotografava, congelar o nascimento de tal forma. Mas é tudo muito rápido. Não há tempo pra pensar, nem ajustar. Você tem que estar com a configuração certa, no lugar certo, sem pestanejar. Piscou, a bolsa estourou. E o momento não tem como ser rebobinado. Além disso, também há de se contar com a sorte, pois o rosto do bebê estava visível em meio ao turvo líquido amniótico.
Depois de tudo isso, ainda vem o processo de edição. Aprimorar os contrastes, as sombras, a “espetacularidade” da cena, é, de outra forma, o complemento da arte.
E, é assim, meus amigos, que um prêmio também nasce.